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FOLHA DE SÃO PAULO - Publica invenção da Aguardente de Algaroba

por Clóvis Gouveia da Silva publicado 22/09/2023 09h25, última modificação 22/09/2023 09h28
Engenheiro de Alimentos Clóvis Gouveia da Silva, desenvolve aguardente de árvore do semi-árido nordestino. A Bebida teria sabor semelhante ao do conhaque! Reportagem:Sílvia Freire

JORNAL - FOLHA DE SÃO PAULO

Engenheiro desenvolve aguardente de árvore do semi-árido nordestino

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
                                                                                                                                                                                                    Fermentado de sapoti.png   O engenheiro de alimentos e pesquisador Clóvis   Gouveia, 44, da Universidade Federal da Paraíba,   em João Pessoa, desenvolveu uma aguardente   feita do fruto da algarobeira. Trata-se de uma   árvore originária do Peru, que se adaptou às   condições climáticas do semi-árido nordestino e   cujas plantas continuam verdes mesmo durante a   estiagem.

 O objetivo do projeto, segundo Gouveia, é   oferecer uma  fonte de renda ao pequeno   proprietário rural da região. Atualmente, o fruto da algarobeira, uma vagem com alto teor de açúcar, é usado como alimentação animal.

A tecnologia para a produção da aguardente foi desenvolvida como projeto de mestrado de Gouveia. No ano passado, ele iniciou um doutorado para otimizar o processo e produzir a aguardente em escala industrial. A tecnologia foi patenteada em 2001.
"A idéia é instalar pequenas unidades de produção para que os agricultores possam produzir em suas propriedades e distribuir, talvez, em um sistema de cooperativa", explica Gouveia. "Como sou do semi-árido, tenho a preocupação em dar um retorno a esse pessoal", disse o pesquisador.
O caldo doce produzido da prensagem da algaroba é fermentado, destilado duas vezes e, após virar aguardente, envelhecido em barris de carvalho por um ano.
O resultado, diz Gouveia, é uma bebida de cor dourada, com sabor semelhante ao do conhaque.
A algarobeira chegou ao Brasil há mais de 60 anos, trazida por professores da Universidade de Viçosa (MG) como alternativa à alimentação do rebanho durante o período de seca.
A planta se adaptou tão bem à região que atualmente brota de forma espontânea.
Segundo Gouveia, não há risco de falta de matéria-prima, pois "há uma quantidade enorme de algaroba no semi-árido".
A estimativa da Embrapa é que existam 500 mil hectares de algarobeira plantados no Nordeste. ver mais...