Você está aqui: Página Inicial > Contents > Serviços > Projeto da UFPB acolhe mães de crianças com TEA e oferece avaliação interventiva
conteúdo

Notícias

Projeto da UFPB acolhe mães de crianças com TEA e oferece avaliação interventiva

publicado: 22/08/2025 18h30, última modificação: 22/08/2025 18h30
Inscrições podem ser realizadas até 30 de agosto

Projeto da UFPB acolhe mães de crianças com TEA e oferece avaliação interventiva

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está com inscrições abertas para mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista que desejarem participar do Projeto de Extensão e de Pesquisa “Além de ser mãe azul”, que oferece avaliação psicológica interventiva e acolhimento. O objetivo da iniciativa é identificar e promover fatores protetivos para o bem-estar dessas mães, como a resiliência, apoio social, identidade da mulher e o que ela faz por ela, além de ser mãe.

O serviço é realizado por quatro discentes do curso de Psicologia, sob a coordenação da Profa. Maria Gabriela Costa Ribeiro, do Departamento de Psicologia do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA). As sessões são presenciais, semanais, com duração de 50 minutos, sendo de 04 a 05 encontros realizados na Clínica Escola de Psicologia da UFPB.

São ofertadas 20 vagas. As interessadas podem entrar em contato pelo e-mail do projeto maeazul.ufpb@gmail.com ou pelo perfil de Instagram @‌maeazul.ufpb, até o dia 30 de agosto.

Durante o acompanhamento, as mães passam por entrevistas e respondem a instrumentos psicológicos. Além da avaliação interventiva, os dados coletados servirão à análise científica para a pesquisa intitulada “Identificação e promoção de fatores protetivos para mães de crianças com transtorno do espectro autista”, com o retorno individual às participantes sobre o processo.

De acordo com a professora Maria Gabriela Ribeiro, no atendimento às mães a equipe utiliza uma área da psicologia chamada avaliação psicológica, que tem por objetivo identificar recursos pessoais para uma tomada de decisão. A equipe chama de avaliação interventiva, uma vez que são utilizadas técnicas da psicologia e, durante o processo, pode haver um efeito terapêutico nas participantes.

É diferente de uma psicoterapia que já tem esse objetivo primário. Nessa direção, quando identificamos esses recursos, buscamos promover por meio de uma escuta atenta e uma entrevista devolutiva onde elas receberão retorno sobre suas características pessoais. Essa parte é mais que a entrega de um documento, é uma entrevista onde se discute em conjunto com ela o que foi observado no processo”, explicou a docente.

Ainda segundo a coordenadora do projeto, a iniciativa oferece o serviço para a população-alvo ter um espaço dedicado apenas a elas, uma vez que, em geral, as mulheres são as responsáveis pelo cuidado integral dos filhos e nem sempre são cuidadas. “Muitas deixam de realizar suas atividades pessoais para se dedicar aos cuidados dos filhos. Dessa forma, como não há políticas públicas direcionadas para essa população, o projeto oferece esse serviço ainda escasso. Tivemos retorno positivo das mães que participaram. Apesar de não ser psicoterapia, foi possível observar o quanto esse processo fez bem”, disse Maria Gabriela Ribeiro.

O projeto está vinculado ao curso de Psicologia da UFPB, ao Programa de Pós graduação de Neurociência Cognitiva e Comportamento, e ao Núcleo de Estudos da Cognição e Avaliação Psicológica-NECAP.

* * *
Texto: Elidiane Poquiviqui
Foto: Freepik