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CT rechaça denúncia sobre prática de apologia ao estupro

“Não há qualquer indício de que tal prática de apologia ao estupro tenha ocorrido no âmbito do Centro de Tecnologia, muito menos prova efetiva de sua ocorrência durante o trote promovido por uma turma de Engenharia Química, pois até mesmo as datas indicadas na denúncia do suposto caso – como bem define a matéria publicada na imprensa, suposto, hipotético – são diferentes: o ato se verificou na sexta-feira (15/7), enquanto que o evento de nossos alunos e alunas se deu na segunda-feira (18/7)”.
publicado: 20/07/2016 12h30, última modificação: 20/07/2016 12h30

Assim reagiu o professor Antônio de Mello Villar, diretor do Centro de Tecnologia da UFPB, sobre o que chamou de “denúncia carente de comprovação” notícia publicada em um dos portais da Internet dando conta da questão. Ele confirma a reunião que teve com membros da Comissão de Direitos Humanos da instituição, mais o coordenador do curso de graduação em Engenharia Química e, num primeiro momento, ficou acertada a realização de uma palestra para orientar a comunidade universitária sobre os perigos desse tipo de conduta.

 Mas logo depois de encerrado o encontro, os membros da Comissão retornaram à sua sala e solicitaram verbalmente a instauração de uma sindicância para apurar os fatos. “Na ocasião, solicitei a eles que formalizassem por escrito o pedido de investigação dos fatos”, disse.

Só que diante dos testemunhos do coordenador do curso e do presidente do Centro Acadêmico da graduação, em relação à diferença das datas, “a necessidade de sindicância perdeu o sentido, pois há inclusive a possibilidade desse ato ter sido planejado fora dos limites do campus. Alguém teria confeccionado a placa e, aproveitando os trotes, inserido na área da UFPB em João Pessoa”, acrescentou o diretor do CT.

Ainda segundo o professor Antônio Villar, direção e comunidade universitária do Centro deploram e abominam tal prática, “que deve ser combatida em todos os níveis da convivência humana. Não aceitamos e seremos os primeiros a denunciar e a exigir medidas punitivas contra quem assim proceder no nosso meio ou em qualquer lugar”, observou.

Já a Coordenação do Curso de Engenharia Química do CT divulgou nota formalizando seu repúdio à prática difundida no último dia 15 de julho, relacionada à apologia ao estupro. “Somos totalmente contra qualquer ato que denigra de forma física, moral e psicológica ao ser humano e nos solidarizamos com as pessoas que passam por esses atos degradantes”, diz a nota.

Diante do sensacionalismo e a pressa de divulgar informações sequer apuradas, até porque nem todas as partes interessadas foram ouvidas, a Coordenação igualmente repudia “as notas que circulam em meios de comunicação que conectam discentes do curso de Engenharia Química a esses fatos deploráveis”, também se reportando à data de realização do trote dessa turma, ou seja, 18 de julho do ano em curso. “Acreditamos que a verdade virá à tona e quem realizou tais atos seja responsabilizado”, conclui o documento.